Torcedores argentinos não param de chegar ao Rio de Janeiro e lotam o Terreirão do Samba, no centro da cidade. De acordo com a prefeitura do Rio, a capacidade de 140 veículos foi atingida e por isso a Praça da Apoteose, no Sambódromo, ao lado do primeiro estacionamento, foi aberta para acomodar os argentinos e seus carros, que continuam chegando para final da Copa do Mundo no próximo domingo (13) no Maracanã. Enquanto isso, os alemães quase não são vistos pela cidade.

continua após a publicidade

A chuva não atrapalhou os argentinos que disputam um espaço para dormir no Terreirão do Samba. Eles dormem em barracas que ficam em uma área descoberta ou se apertam dentro de carros e ônibus para escapar da chuva. Os argentinos contam que o espaço é pequeno e que a fila do banheiro é grande. Segundo eles, há somente um chuveiro do lado de fora do banheiro, mas em dia chuvoso é complicado tomar banho, pois a água é gelada e venta bastante.

A maioria dos torcedores argentinos é de homens, mas é possível encontrar algumas mulheres e crianças. A argentina Mailem Martinez, de 27 anos, veio ao Brasil com o marido, a filha e amigos. Ela contou que foram bem recebidos pelos brasileiros. Martinez diz também que enfrenta algumas dificuldades no Terreirão do Samba, mas que está sendo bom e continua acreditando na vitória argentina com gols do meio-campo Messi.

“Aqui não dá para tomar banho porque a água é fria, mas vamos procurar um hotel para dar banho na neném, mas vale a pena estar aqui. É um sonho que a Argentina tenha chegado a final. Acho que temos chance contra a Alemanha. É um sonho a Argentina estar na final. Não vamos ao estádio, mas vamos assistir ao jogo na Fifa Fan Fest [em Copacabana] e acredito que será 2 a 0, com dois gols de Messi”, disse.

continua após a publicidade

Um casal de argentinos falou sobre o preço dos hotéis. Juan Cabrera, de 42 anos, e a esposa Victória Lemes, de 35 anos, contaram que, para passar três noites em Copacabana, na zona sul do Rio, mas desistiram devido ao preço da diária. “Iríamos dormir em um hotel em Copacabana, mas a diária era R$500 e não ia dar para passar três noites, então viemos para o Terreirão do Samba. Mas, aqui a comida também é muito cara”, disse Lemes.

Cabrera se emocionou ao falar sobre a final da Copa do Mundo. “Seria um sonho ver a Argentina ser tricampeã no Brasil. Esperamos que tenhamos sorte. Estou emocionado, desculpa”.

continua após a publicidade

Já no Sambódromo, a situação é um pouco diferente. Os argentinos que dormem em barracas disputam um lugar embaixo das arquibancadas, enquanto outros dormem nos muitos carros e ônibus que estão parados por lá. A administração local não soube informar o número de carros que já estão parados lá, mas disse que são muitos e que não param de chegar.

É muito fácil encontrar um torcedor com a camisa da seleção argentina pela cidade, mas torcedor alemão está difícil. A reportagem da Agência Brasil percorreu a Praia de Copacabana e só encontrou um alemão que caminhavam na orla. Edward Rosch, de 32 anos, e o amigo, vieram a trabalho e não acompanharam muito os jogos da Copa. Ele disse que sempre espera o pior.

“Não tenho ideia de quem vai vencer o jogo. Tem que ler o horóscopo”, brincou o alemão, que se revelou um pessimista. “Estou sempre preparado para o pior. Achei que o Brasil fosse ganhar da Alemanha e não assisti à partida porque estava trabalhando e estou indo embora daqui a pouco. Mas a cidade é fantástica, muito bonita. O trânsito que não é bom, mas a cidade é de tirar o fôlego”, explicou.