Autoridades policiais argentinas da Gendarmería de El Chatén, povoado aonde fica o Monte Fitz Roy, na Patagônia, estão analisando junto com montanhistas locais e de outros países as possibilidades de resgatar o brasileiro Bernardo Collares, de 46 anos. O alpinista se acidentou ao tentar descer o monte, na segunda-feira, e foi deixado lá pela sua companheira de escalada Kika Brandford, que, impossibilitada de levá-lo, saiu em busca de socorro.
Kika chegou a El Chatén apenas na terça-feira, no fim da tarde, e comunicou o acidente à Gendarmería (uma força de segurança de natureza militar), que agora tenta encontrar a melhor maneira de fazer o resgate. Os próprios amigos de Bernardo acham pouco provável que ele tenha sobrevivido. Na sua família, enquanto alguns irmãos acreditam nesta possibilidade, outros mais céticos acham que ele já faleceu.
Uma irmã, Érika Collares, chegou hoje de manhã a Buenos Aires e esteve com o vice-cônsul brasileiro Marcos Maia, que a informou que as autoridades argentinas já colocaram à disposição um helicóptero, todo o pessoal e equipamentos necessários para tentar o resgate. Em seguida Érica voou para El Chatén.
“Eles estão em coordenação para ver a melhor maneira de fazer o resgate. É uma operação muito perigosa e eles não podem colocar em risco os funcionários da Gendarmería, por isto está demorando. Eles criaram uma comissão de análise não só com o pessoal da Gendarmería, mas também com os montanhistas da região que, no fim das contas, têm muito mais conhecimentos técnicos sobre as montanhas”, explicou o vice-cônsul brasileiro. Ele não deu garantias de que o resgate possa ocorrer ainda hoje.