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A Comissão Mista de Orçamento aprovou ontem o texto preliminar do Orçamento da União 2005, que prevê investimentos de R$ 15 bilhões no próximo ano.

O relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi aprovado por votação simbólica. O texto de Jucá projeta para o ano que vem, inflação, medida pelo IPCA, de 5,90%, taxa básica de juros de 15,5% e salário mínimo corrigido de R$ 283,72.

De acordo com o relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), os desafios são articular uma solução viável que atenda às demandas de um reajuste maior para o salário mínimo, da correção da tabela de imposto de renda e da compensação das perdas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) decorrentes da desoneração do imposto nas exportações devido à Lei Kandir. Jucá disse que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendação especial para que resolva essas três questões.

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"Vamos nos debruçar sobre corte de despesa, aumento de arrecadação e análise de conjuntura econômica para construir uma solução que possa atender ou pelo menos encaminhar essas questões", ponderou. Foram apresentadas 53 sugestões de alteração ao texto original, mas o relator acatou apenas duas. Uma delas possibilita o aumento do valor das emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento de R$ 2,5 milhões para R$ 3,5 milhões.

Solução

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De acordo com o vice-líder do PSDB, deputado Alberto Goldman (SP), a votação do orçamento estará comprometida caso o relator não encontre uma solução "responsável" para as demandas em relação ao reajuste do salário mínimo e à correção da tabela de imposto de renda. "É preciso corrigir a tabela de forma a recuperar os dois anos de governo Lula e recuperar também a correção que foi feita parcialmente pelo governo Fernando Henrique", disse.

Segundo o presidente da comissão, deputado Paulo Bernardo (PT-PR), os congressistas poderão apresentar emendas até o dia 2.