A Polícia Militar apreendeu 5,7 toneladas de palmito industrializado clandestinamente nesta segunda-feira, em Salto de Pirapora, a 122 km de São Paulo. O produto, embalado em potes de vidro, estava numa casa que funcionava como fábrica clandestina, na zona rural do município. Três homens foram presos e dois veículos, apreendidos. De acordo com a Polícia Civil, a maior parte do palmito é proveniente da palmeira juçara, cortada de forma ilegal em áreas de Mata Atlântica da região. O produto estava misturado ao palmito pupunha, espécie não nativa, proveniente de cultivos. O objetivo seria dar aparência de legalidade ao produto no mercado.
Os potes com palmito estavam à espera dos rótulos que não foram encontrados no local. A carga foi levada à Delegacia de Polícia da cidade e vai ficar à disposição da Justiça. No final do ano passado, outras quatro toneladas de palmito embalado tinham sido apreendidas em Salto de Pirapora. O município fica na divisa do Parque Estadual Carlos Botelho, reserva de Mata Atlântica visada pelos ‘palmiteiros’. Para obter o palmito, é necessário derrubar a palmeira, espécie sob ameaça de extinção. De acordo com a polícia, além de ser crime ambiental, o processamento e comércio ilegal de palmito envolve risco à saúde pública. A falta de higiene pode levar o consumidor a contrair o botulismo, intoxicação alimentar grave. Os suspeitos prestaram depoimentos e vão responder ao processo em liberdade.