Quadrilhas estão usando aplicativos de paquera para marcar hora e local onde irão sequestrar vítimas, alertou a Polícia Civil de São Paulo. Os falsos encontros são mais uma modalidade de crime que se aproveita da tecnologia após o surgimento das transferências bancárias via Pix, em novembro de 2020.

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Em fevereiro, um gerente de atendimento 52 anos ficou cerca de duas horas em um cativeiro na zona norte de São Paulo, após ir a um encontro por meio de um aplicativo de namoro. Segundo relatou à Folha, ele foi abordado por dois criminosos ao chegar à portaria do prédio indicado nas mensagens.

A vítima foi levada no próprio carro até a favela da Capadócia, na Brasilândia. Os ladrões realizaram saques e transferências via Pix no valor de R$ 3.500 enquanto o homem estava em cativeiro.

Os bandidos também levaram o carro, o celular e documentos e deram R$ 10 para que o gerente voltasse para casa por transporte público.

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Também em fevereiro, a polícia prendeu uma quadrilha suspeita de desviar R$ 32 mil de um professor de 48 anos, vítima de sequestro após ir a um falso encontro marcado por aplicativo.

Na terça (3), duas pessoas foram presas por suspeita de roubos e extorsões envolvendo aplicativos de relacionamento como resultado da operação “Deu Match.”

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O delegado Eduardo Bernardo Pereira, da 1ª Delegacia Antissequestro da capital paulista, orienta como cuidados que usuários de aplicativos marquem encontros em locais movimentados e que avisem a amigos sobre para onde irão, se possível compartilhando a localização pelo celular. Também sugere que a pessoa deixe um celular com acesso a contas em casa e saia à rua com outro aparelho.

A reportagem procurou empresas de aplicativos de encontros para saber quais são suas medidas de segurança contra esse tipo de crime e suas orientações aos usuários.

O aplicativo Inner Circle afirmou que “colaborará ativamente” com a polícia “sempre que for acionado”, para compartilhar dados. A empresa diz que, ao identificar um perfil impróprio, o usuário deve denunciá-lo por meio do próprio app. “Nossa equipe de suporte tomará as medidas necessárias para garantir que nossa comunidade esteja segura”, em nota.

O Inner Circle orienta ainda que é importante desconfiar de perguntas muito pessoais logo no início de uma conversa e se a outra pessoa se recusar a conversar em chamadas por vídeo, por exemplo.

O Tinder diz colaborar com investigações. A empresa afirma que, caso a polícia identifique na plataforma informações úteis às apurações, é possível solicitar dados da conta suspeita.

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