O saguão do aeroporto de Congonhas foi palco de mais uma manifestação no início da tarde desta sexta-feia (20). O aposentado Amauri Guedes, de 72 anos, protestava vestido com uma fantasia de esqueleto contra a redução dos benefícios pagos pelo fundo de pensão dos funcionários de companhias aéreas (Aerus), com o qual diz ter contribuído durante toda a sua vida. Amauri, com mais de quatro décadas de trabalho como comissário e também na equipe de terra da Varig, disse que desde maio do ano passado sua aposentadoria foi reduzida de R$ 5.689 para os atuais R$ 1.300.

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No próximo mês, ele afirma que não irá receber nada. "Não tenho dinheiro para pagar o plano de saúde da minha esposa, que tem osteoporose, pois a mensalidade é de mais de R$ 1 mil", contou, aos prantos. O aposentado faz manifestações públicas há cerca de um ano e já realizou protestos durante a visita do Papa Bento XVI ao Brasil e também na Maratona de são Paulo.

A redução dos benefícios pagos pelo Aerus foi uma conseqüência do rombo provocado pelos sucessivos atrasos e repactuações no aporte de recursos devidos pela patrocinadora Varig que alegava ser credora do governo, cobrando indenizações pelo congelamento de tarifas. A empresa ganhou em última instância no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a ação judicial que promoveu contra o governo federal para ser indenizada por prejuízos decorrentes do período de congelamento de tarifas, entre 1986 e 1991.

Por sete votos a um, a ação está a caminho do Superior Tribunal Federal (STF), em Brasília. De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, a ação ainda não chegou ao STF porque o ministro que votou contra ainda não relatou o seu voto.

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