São Paulo – Quando Edward Kapamadjian voltou para casa na sexta-feira, a família mal acreditou no que ele disse. Aos 86 anos, o aposentado armênio, trazido para o Brasil pelas ONU como refugiado da Áustria, em 1958, burlou a segurança de 3 mil homens, da 11.ª reunião da Unctad e entrou no Palácio de Convenções do Anhembi, para contar aos organizadores o seu problema. Ele queria regularizar a documentação da modesta casa em que mora, na Penha, zona leste da cidade, que a ONU lhe comprou nos anos 60. “Quando cheguei ao Brasil, com minha esposa e cinco filhos, um patrício armênio da Igreja Ortodoxa me ofereceu uma casa de um cômodo, de chão de terra, sem luz, sem banheiro e com janela de papelão”, diz Kapamadjian.
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