Nos últimos dias, o acidente em Congonhas levou muitos brasileiros a alterar os planos de vôo. Houve gente que trocou o avião pelo carro. Outros evitaram viajar. E quem não conseguiu fugir do transporte aéreo tentou diminuir os riscos, o que, agora, significa evitar o palco da tragédia, o Aeroporto de Congonhas. "Todo mundo ficou muito chocado com o acidente, com a falta de cuidado com as pessoas", disse Cynthia Howlett, mulher do ator Eduardo Moscovis, que gravaria a participação no programa de entrevistas de Marília Gabriela no canal GNT, na capital paulista, mas preferiu ficar em casa.

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A modelo Marcele Bittar, que estava no Rio participando de uma sessão de fotos, optou por voltar para São Paulo de carro, conforme confirmou sua agência, a Ten Models. A mesma estratégia usou o compositor Arnaldo Antunes, que estava no Rio, com a mulher, a mineira Márcia Xavier, de 39 anos. Depois de participar das aberturas dos Jogos do Pan, ele marcou a passagem de volta à capital paulista para quarta-feira. O acidente em Congonhas fez com que resolvesse voltar de carro.

Mas quem precisa alcançar longas distâncias em tempo curto fica sem opção. "Logo que o avião caiu, minha mãe me perguntou se não ia dar um tempo nas viagens", diz o estilista Marcelo Sommer, que viaja freqüentemente para fechar novos negócios. "Tenho que viajar por causa do trabalho. Mas eu estou cheio dessa crise da aviação." Na próxima semana, ele tem de ir a Santa Catarina. "Viajar depois desse acidente ficou bizarro." Ele pretende evitar voar por Congonhas.

No Aeroporto Santos Dumont, de onde decolam 144 vôos diários para Congonhas, o movimento foi bem abaixo do normal ontem, contaram funcionários. Nas rodas de conversa, o terrível fim do vôo 3054 e suas possíveis causas eram o tema predominante. Na Rodoviária Novo Rio, as quatro empresas que fazem o trecho Rio-São Paulo registraram aumento na venda de passagens da ordem de 30% desde quarta-feira.

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