A prefeitura de Itajaí (SC) e o comando do patrulhamento se recusam a adotar o termo “toque de recolher”, mas desde que a Polícia Militar restringiu a circulação depois das 22 horas na cidade, pessoas são abordadas e revistadas nas ruas após este horário. A medida foi adotada para evitar saques a casas que tiveram de ser abandonadas por causa das enchentes provocadas pelas chuvas que atingiram o Estado. Desde o fim da semana, 23 pessoas foram detidas depois do horário estabelecido sem “um bom motivo”, como resumiu o coronel Eliésio Rodrigues, responsável pelo Comando de Policiamento da região.
Dessas, apenas nove tinham problemas com a Justiça. “Essas pessoas estavam em áreas consideradas críticas, onde estamos tentando manter a segurança. Elas simplesmente não tinham motivos para andar por lá e por isso foram presas”, diz Rodrigues. “Como é um crime de menor potencial ofensivo, foram liberadas e terão de passar pelos juizados”, completa o capitão da PM Marcelo Egídio Costa.
Segundo a Portaria 186, que instituiu o “toque de recolher”, apenas voluntários cadastrados pelas Defesas Civis, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e profissionais que atuam nas áreas de risco podem ter livre circulação. A nova determinação, no entanto, não acabou com os roubos – ontem de madrugada, dois postos de saúde entre Navegantes e Itajaí que estavam fechados por causa das enchentes foram saqueados. Remédios e equipamentos médicos avaliados em quase R$ 10 mil foram levados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
