Na berlinda desde que se viu atingido pela crise aérea e pelo motim dos controladores de vôo, o ministro da Defesa, Waldir Pires, começa a tomar ações dentro das Forças Armadas de forma a se fortalecer. Ele convocou, pela primeira vez, o Conselho Militar de Defesa. Criado para assessorar o presidente da República em assuntos ligados aos empregos dos meios militares, o grupo discutiu nesta semana, ente outros temas, o reaparelhamento das Forças – velho anseio dos comandantes.

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Sempre que podem, os chefes militares cobram do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Defesa uma definição sobre os investimentos considerados ?absolutamente necessários? para as três áreas, sob pena de o País ficar com o seu poder de dissuasão abalado, como têm advertido em suas ordens do dia. O plano de reequipamento das Forças Armadas, que havia sido encaminhado no ano passado à Casa Civil, previa investimentos de pelo menos R$ 16 bilhões para a aquisição e modernização de equipamentos, em prazos que variam de cinco a oito anos.

Do total, R$ 7,7 bilhões iriam para a Aeronáutica, R$ 4,3 bilhões para a Marinha e R$ 4,8 bilhões para o Exército – isso para atender apenas às questões mais emergentes. Além do reequipamento das Forças Armadas, outra preocupação dos militares foi o contingenciamento de recursos. No Ministério da Defesa, o contingenciamento de verbas chegou a 18,1%, proporção considerada ?muito alta? pelos militares. Dos R$ 7,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária, depois do corte, eles ficaram com R$ 5,8 bilhões. Deste total, as três Forças dispõem de apenas R$ 1,02 bilhão para investimentos neste ano.

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