Após sete anos, Goiânia retoma obras em aeroporto

Depois de sete anos paralisadas por causa de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), as obras no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, serão retomadas. O governo assinou hoje (18) a ordem de serviço para continuar a construção do novo terminal de passageiros do aeroporto, que deve ser concluída em março de 2015.

O documento foi assinado no local da obra. O novo terminal de passageiros terá dois andares e 34,1 mil metros quadrados. Quando estiver concluído, vai permitir receber até 8,6 milhões de passageiros por ano. A previsão de investimento nas novas instalações é R$ 246,2 milhões. A ordem de serviço foi entregue ao consórcio construtor da obra, formado pelas empresas Via e Odebrecht.

A obra será feita em duas etapas: a primeira compreende os serviços do novo terminal de passageiros e as obras de infraestrutura. A segunda fase, que deve ser concluída em 2020, prevê uma ampliação de aproximadamente 7 mil metros quadrados do terminal de passageiros. Para essa fase, a Infraero vai abrir processo de licitação apenas para a obra.

O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que a retomada das obras foi possível graças a um acordo entre a Infraero e o consórcio construtor. “Várias coisas foram acertadas, divergências foram sanadas, o consórcio abriu mão de uma série de requisitos, a Infraero também, e o TCU soube entender esse momento e a importância da obra”. Segundo ele, até 30 de outubro, o governo deve entregar para aprovação do TCU os estudos para a retomada das obras no Aeroporto de Vitória, que também estão paralisadas.

Para o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, as experiências com os aeroportos de Goiânia e de Vitória devem servir de lição para que não sejam repetidas em outros aeroportos. Ele pediu desculpas à população de Goiás por ter convivido por tantos anos com uma obra importante paralisada.

Para o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, a obra dará resposta às demandas das diversas cadeias produtivas locais e regionais do Centro-Oeste. “Não se trata de um capricho provinciano”, disse. O diretor da Odebrecht Ricardo Ferraz garantiu que todos os questionamentos do TCU foram esclarecidos e que o projeto executivo da obra foi atualizado. A obra foi liberada pelo tribunal em julho deste ano.

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