Um dia depois de revelado o vazamento de dados pessoais de 12 milhões de inscritos nas últimas três edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Joaquim Soares Neto, admitiu que o sistema da instituição tem “fragilidades”. Os links davam acesso aos arquivos com todos os inscritos das edições de 2007, 2008 e 2009 e dados como RG, CPF e nome da mãe deles.

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Mesmo sem informações precisas de como informações pessoais dos inscritos vazaram no site do Inep, Soares Neto afirmou que só acionará a Polícia Federal (PF) se a auditoria interna constatar que houve má-fé. Ontem, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que a PF está à disposição do Ministério da Educação para investigar o caso.

O instituto tem enfrentado problemas na organização do Enem desde 2009. Após o vazamento da prova, houve problemas na divulgação dos gabaritos e na inscrição para as federais. A avaliação é que a estrutura do Inep não acompanhou a dimensão que o Enem tomou.

“Nossa estrutura conceitual era fazer avaliações, mas agora temos esses exames cada vez com mais consequências nas politicas públicas. Minha vinda para o Inep é no sentido de tornamos a estrutura operacional compatível. Isso é um processo”, diz.

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