Após massacre em escola, pais se desesperam no IML

Após o massacre de ontem na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, o desespero de pais e parentes era visível em hospitais e no Instituto Médico Legal (IML), no centro. Waldir Nascimento, pai de Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos, aluna do 6.º ano, deixou o prédio do IML em estado de choque, depois de identificar a filha. Enquanto respirava com dificuldade, amparado por parentes, eximiu o Estado de culpa. “O que ele (o atirador) fez lá podia ter feito na Central do Brasil ou na praia. Não vou culpar o governo.”

Suely Guedes, mãe de Géssica Guedes Pereira, de 15 anos, já havia reconhecido a filha por uma foto no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, mas a família só confirmou a morte da adolescente no IML. “O sonho dela era entrar na Marinha. Estava estudando para isso.”

No Albert Schweitzer, para onde foi levada a maioria dos feridos, a enfermeira Rozilem de Souza Carvalho já tinha encerrado o plantão de 24h quando viu policiais chegando com crianças baleadas. Voltou imediatamente. No total, 10 meninas e 2 meninos ficaram feridos. Quatro estão em estado grave.

Uma delas, Taiane Tavares Pereira, de 13 anos, foi atingida por três tiros, teve lesão na medula e corre risco de ficar paraplégica. Outro jovem teve lesão vascular grave no ombro direito e era operado à noite no Hospital Alberto Torres. Outra vítima, baleada no olho direito, foi operada e seguia internada no Hospital Adão Pereira Nunes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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