Os ativistas Elisa Quadros, a Sininho, Camila Jourdan e Igor D’Icarahy deixaram o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio, às 18h12 desta quinta-feira, 24. Duas horas antes, um oficial de Justiça chegou à penitenciária com o alvará de soltura dos três, expedido na noite da quarta-feira (23) pelo desembargador Siro Darlan, da 7º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Os ativistas foram recebidos por amigos e familiares que os aguardavam na porta da penitenciária, não falaram com a imprensa e seguiram para suas respectivas casas, segundo os advogados de defesa.
Quando Sininho saiu houve uma confusão entre amigos dela e repórteres fotográficos que tentavam registrar a sua saída. Um fotógrafo foi derrubado numa tentativa de tirar a máquina usada por ele.
Marino D’Icarahy e Luisa Maranhão, que representam 15 dos 23 indiciados no processo, criticaram a morosidade da Justiça e disseram que “a polícia demorou mais de 22 horas para soltá-los”. “Para alguém que foi preso legalmente, ficar preso já um minuto já é uma tortura, imagine ficar 13 dias presos ilegalmente. As prisões foram consideradas ilegais três vezes”, afirmou D’Icarahy.
O advogado se referia aos habeas-corpus concedidos por Darlan contra as prisões temporárias, a prorrogação das mesmas e as prisões preventivas.
Para Luisa, “houve procrastinação da Polinter e da Central de Mandados de Bangu” para que os três fossem liberados. Os ativistas não poderão deixar o Rio sem autorização judicial, têm que entregar os passaportes e devem comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades.
Elisa, Camila e Igor estavam presos desde o dia 12 de julho, véspera da final da Copa do Mundo, acusados de associação criminosa armada. As ordens de prisão foram expedidas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27º Vara Criminal.