A Varig deverá encerrar este ano com 3.985 empregos diretos, frota de 35 aviões e vôos para 25 cidades, com 2,8 milhões de passageiros transportados. A estimativa consta de um relatório apresentado ao juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig antiga, que permanece nesse processo com a marca Flex.
O levantamento da Varig aponta que, até março, a companhia operava em 17 cidades, com 18 aviões e 1.987 funcionários. Nesse período, foram transportados 801,2 mil passageiros. O documento também mostra alguns compromissos que a Varig herdou da companhia em recuperação judicial, como 800 mil bilhetes emitidos e 42,6 bilhões de milhas do programa de fidelidade Smiles, ou o equivalente a 3,1 milhões de passagens.
Como parte do processo de recuperação judicial, a Varig está disposta a fazer o resgate antecipado de papéis de dívida (debêntures) da Varig antiga no valor total de R$ 95 milhões. O prazo máximo é de 10 anos. São duas emissões, de R$ 47,5 milhões cada, para amortizar dívidas com os credores trabalhistas. A outra é basicamente para o fundo de pensão dos funcionários da Varig, o Aerus. Uma assembléia ainda terá de ser realizada para aprovar a proposta.
A operação internacional da Varig, conforme o relatório, vai gerar US$ 102,8 milhões de divisas ao País este ano. Em meados de agosto do ano passado, após seu leilão judicial, a Varig tinha só dois aviões para operar. Na época, o ministério do Turismo estimou que o Brasil iria deixar de arrecadar em divisas cerca de US$ 500 milhões de divisas com a crise da empresa.