O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), comanda uma reunião de emergência desde as 11 horas (horário local) deste domingo, 28, para planejar uma força-tarefa de combate à violência no Estado após a maior chacina da história do Ceará, que deixou 14 mortos no bairro de Cajazeiras, na periferia de Fortaleza. A chacina estaria ligada à guerra entre facções criminosas. A maioria das vítimas é mulher e, entre elas, há adolescentes. Neste sábado à tarde, um suspeito foi preso com um fuzil.

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Participam da reunião na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) representantes do Ministério Público do Ceará (MPCE), da Defensoria Pública, do Tribunal de Justiça do Estado (TJCE), da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Vereadores.

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Também integram a mesa de elaboração do plano de urgência os secretários de Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, e o de Planejamento, Francisco de Queiroz Maia Júnior.

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A reunião é uma tentativa de o governo estadual responder ao ataque em uma festa de forró que teria sido organizada por membros do Comando Vermelho (CV). A responsabilidade pelo massacre é atribuída à Guardiões do Estado (GDE), facção criminosa rival.

A festa acontecia na casa noturna Forró do Gago. Segundo testemunhas que pediram para não ser identificadas, por volta de 0h30 de ontem, homens chegaram em três carros e desceram disparando a esmo. Eles portariam espingarda calibre 12, pistolas calibre 40 e 9 milímetros e revólveres calibre 38.

O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, afirmou que a chacina na festa de forró, na periferia de Fortaleza, foi um evento isolado. “No mundo todo, tem situações em que se matam 50 pessoas, 60 pessoas em boates. É uma situação criminosa que foi organizada, que foi planejada e que veio a ser executada”, disse em coletiva de imprensa neste sábado. O massacre deixou 14 pessoas mortas e seis feridos.

Costa negou estar havendo perda de controle do Estado com relação às facções criminosas no Ceará e comparou o episódio a situações como as que ocorrem em outros países, como os Estados Unidos.

“Não é que haja perda de controle. São ações que acontecem inclusive em outros países, como os Estados Unidos. São situações que pessoas entram em um local, tem tiroteio e se matam dezenas de pessoas. É difícil evitar e a população sabe. Mas também tem situações que a inteligência se antecipa e evita e, como evita, não vira notícia. Mas, infelizmente, veio esse fato hoje, que não se conseguiu evitar”, declarou o secretário.