O cão Pinpoo, que sumiu no dia 2 deste mês na capital gaúcha, foi encontrado ontem graças a uma armadilha feita por Paulo Roberto Ribas da Silva, sargento do Batalhão de Aviação da Brigada Militar (polícia gaúcha) de Porto Alegre. O animal foi entregue na noite de ontem à sua dona, a aposentada Nair Flores, de 64 anos.

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A angústia da aposentada começou no dia 2 de março, quando ela contratou os serviços da Gollog para despachar Pinpoo, um filhote de 11 meses, cruza das raças pinscher e poodle, de Porto Alegre para Vitória (ES), de onde o animal seria levado para Guarapari (ES) para acompanhá-la em férias. Como o cachorro não chegou ao destino, a dona voltou a Porto Alegre e passou a procurá-lo diariamente no Aeroporto Salgado Filho. Na busca, chegou a sofrer uma torção de tornozelo, o que a deixou temporariamente impedida de dirigir.

Na segunda-feira, moradores de Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre, enviaram a funcionários do aeroporto um cachorro semelhante a Pinpoo. Nair foi imediatamente ao local, onde encontrou um animal maltratado, com feridas pelo corpo e comportamento estranho. Embora tenha pelos, olhos e idade semelhantes aos de Pinpoo, o cão não fez festa no encontro e se manteve indiferente. Como ficou em dúvida, a aposentada internou o cachorro numa clínica, para tratamento e banho. Após isso e um novo exame, Nair se convenceu de que aquele animal não era o Pinpoo.

Condoído pela história do cão perdido, Ribas da Silva bolou um plano para capturar o animal, que às vezes aparecia no Aeroporto Salgado Filho no período da noite à procura de alimento. “Coloquei comida em um pote e deixei dentro de uma sala. Ele entrou para comer a ração com pedaços de carne de galinha e eu o peguei”, disse o sargento, orgulhoso.

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Segundo Ribas da Silva, Pinpoo andava há dias pelos arredores do aeroporto. “Ele parecia assustado com a movimentação do local.” O sargento acompanhava a história do cachorro pela imprensa e reconheceu Pinpoo pelas imagens veiculadas na mídia e por fotos distribuídas aos funcionários do aeroporto. “Acompanhei a entrevista da dona dele na imprensa e me comovi muito. Eu tenho dois cachorros e mexeu muito comigo ver o desespero dela.”