Em meio à guerra contra os pichadores na cidade, o prefeito João Doria anunciou que vai criar um programa de grafite de rua para promover grafiteiros e muralistas na cidade de São Paulo. De três em três meses a Prefeitura vai “liberar” espaços na capital para este tipo de arte. Os artistas serão escolhidos por meio de uma comissão montada pela Secretaria Municipal de Cultura.

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Poderão ser grafitados imóveis públicos e privados, que serão procurados pelo poder público para autorizar o uso do espaço. O primeiro ponto do programa, batizado de Museu de Arte de Rua (MAR), será no Baixo Augusta, na região central.

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O prefeito ressaltou que a Avenida 23 de Maio, que teve grafites apagados pela gestão, não passará pelo programa. Ele disse que o local terá apenas os sete grafites que foram considerados “preservados” pela Prefeitura – antes eram oito, mas um deles, do artista Eduardo Kobra, foi pichado e também será apagado.

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Durante o anúncio da medida, Doria voltou a dizer que apoia grafiteiros e muralistas, mas que pichadores não são bem-vindos. “Isso vai nos ajudar a embelezar São Paulo, recuperar várias áreas, a criar visibilidade adequada para o trabalho artístico de grafiteiros e muralistas”, disse.

O secretário de Cultura, André Sturm, disse que a comissão receberá as propostas dos grafiteiros e seus currículos, mas não haverá necessidade de enviar a prévia dos desenhos. “Eles serão escolhidos em função do currículo e do histórico. Mas a ideia é que seja um número grande (de artistas).” Cada novo espaço – que será sempre em áreas abertas – terá uma seleção diferente, segundo Sturm.