Brasília – Ao anunciar nesta quinta-feira (6) o nome dos novos diretores da Eletrobrás e Eletronorte, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, negou que tenha ocorrido ?loteamento? de cargos nas estatais, mas reconheceu a influência de fatores políticos nas nomeações.
?Essa é uma diretoria eminentemente técnica, ainda que apoiada por políticos?, afirmou Lobão em relação ao novo comando da Eletrobrás. ?É natural indicar-se ministro de estado e diretores de estatais a pedidos de políticos. O que precisa ter é a preocupação de selecionar os melhores, e isso nós sempre tivemos?, acrescentou.
O ministro comentou a existência de denúncias de envolvimento em irregularidades no serviço público em relação ao engenheiro eletricista José Antônio Muniz Lopes, ex-presidente da Eletronorte, indicado agora para a presidência da Eletrobrás: ?Havia um processo em andamento no Tribunal de Contas da União [referente à atuação de Muniz em licitação no norte do país], julgado ontem. Ele [Muniz] foi absolvido por unanimidade, deixando-o habilitado para o exercício da função.?
Lobão também informou que o presidente do Departamento de Trânsito do Estado do Pará, Lívio de Assis, convidado a assumir a Eletronorte, apresentou certidões demonstrando inocência quanto a acusações existentes contra ele. ?Praticamente todo brasileiro que exerce funções públicas relevantes acaba tendo alegações contra si, mas eles [Muniz e Lívio] estão em perfeitas condições de exercerem as funções para as quais foram nomeados?, declarou.