O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), afirmou nesta sexta-feira (8) que recebeu com "imensa preocupação" as declarações feitas na Alemanha pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva favoráveis ao fechamento da Radio Caracas Televisión (RCTV), que se opõe ao governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez. "O presidente tinha sido tímido no começo, mas, pelo menos tinha dado uma declaração defendendo a democracia e a liberdade de imprensa. Agora, ele mudou", disse Virgílio.

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Virgílio disse que o presidente não enxergou ainda "o quadro extremamente grave que vive a Venezuela por causa de coações da parte do governo de Chávez e de divergências com Colômbia e a Guiana". Virgílio contou que essas discordâncias terminarão em "uma eventual intervenção, em determinada parte do território da Guiana pela Venezuela", o que pode "vedar o acesso de produtos brasileiros ao Caribe, e isso acabará pressionando o Brasil.

O fato de Chávez estar comprando armamentos para a Venezuela não é contra o presidente dos Estados Unidos, George Bush, segundo o líder do PSDB. "Seria ridículo a gente achar isso. Chávez está se armando contra seus vizinhos." Na opinião do senador, as atitudes de Chávez repetem "o padrão típico do ditador sul-americano" que ele achava que estava banido.

Arthur Virgílio afirmou ainda que Lula, quando voltar ao Brasil, deve se retratar dessas declarações. O senador disse que aceitará que o presidente, para justificar uma retratação, alegasse que levou uma pancada na cabeça, ou que, na Alemanha, estava muito frio. "O que não aceito é que não retire essas declarações.

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