A polícia maranhense prendeu no sábado (4) três suspeitos de participar de ataques a ônibus em São Luís na noite de sexta-feira (3). Segundo informações do governo do Estado do Maranhão, o número de policiais nas ruas foi aumentado na tentativa de evitar novos ataques.

continua após a publicidade

“Temos informações comprovadas do Setor de Inteligência Policial de que esses ataques são uma resposta ao sistema de moralização e de retomada da disciplina do sistema penitenciário”, declarou ao portal do governo estadual o secretário de Segurança, Aluisio Mendes. De acordo com ele, a “retomada da disciplina” não vai parar por conta dos ataques.

A crise no sistema carcerário do Maranhão ganhou as ruas da capital na noite de sexta-feira após uma ordem partida de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas fazer com que bandidos queimassem quatro ônibus e atirassem em uma delegacia de polícia. Os policiais maranhenses ainda investigam se a execução do policial militar reformado Antônio César Cerejo, ocorrida durante a ação, tem ligação com a onda de terror promovida pelos membros de duas facções criminosas que lutam pelo controle do tráfico de drogas em São Luís.

O estado de saúde de uma das crianças feridas durante os ataques é gravíssimo, segundo o Hospital Municipal Clementino de Moura. Ela tem seis anos, está com 90% do corpo queimado e segue entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Outras quatro pessoas estão feridas. Três em estado grave, sendo uma também criança.

continua após a publicidade

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu explicações à governadora Roseana Sarney sobre as providências que serão tomadas para controlar a situação penitenciária do Estado. Somente em 2014, dois detentos foram mortos dentro do presídio de Pedrinhas. Com informações do site do governo do Maranhão e da Agência Brasil.