Anvisa: 90% aprovam venda fracionada

Brasília – A consulta pública sobre a venda fracionada de remédios proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), encerrada no último dia 03 de abril, confirmou que a maioria dos setores interessados é a favor da medida. Das 163 contribuições enviadas por setores da sociedade civil organizada e por entidades farmacêuticas de varejo e do segmento industrial, 90% se manifestaram favoráveis ao fracionamento e 10% foram contra a idéia.

Entre os que apóiam a medida, 70% são absolutamente favoráveis e 20% aceitam a proposta do governo, mas sugerem modificações. O resultado foi divulgado ontem pelo diretor da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, durante uma audiência pública sobre o tema realizada em Brasília.

A posição favorável da sociedade era o passo que faltava para agilizar a implementação da medida, que já foi autorizada pelo decreto presidencial 5.348, publicado no Diário Oficial da União em 20 de janeiro deste ano. De acordo com o diretor da Anvisa, restam poucas etapas para a medida finalmente entrar em vigor. Ele afirma que, num prazo máximo de 45 dias, a população já poderá encontrar as primeiras farmácias credenciadas para a venda de remédios fracionados. ?Essa é uma mudança de comportamento, uma mudança estruturante da atenção farmacêutica e de toda a cadeia de medicamentos do País. Acredito que nos próximos meses vamos ter claramente como medir o impacto dessa medida na população brasileira?, disse Mello.

Economia na compra

A principal vantagem apontada pelo governo e pelos setores da sociedade que apóiam a venda fracionada de remédios proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a redução do custo dos medicamentos para a população, que passará a comprar a dose certa dos remédios de acordo com a prescrição médica. É o que diz a consulta pública sobre o assunto, encerrada no último dia 3 de abril e divulgada ontem. Outro possível benefício da venda fracionada é a redução da possibilidade de automedicação, problema causado principalmente pelas sobras de medicamentos. No Brasil, a Anvisa estima que o desperdício de remédios nos hospitais e adquiridos no varejo chega a 20%. Dados da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma) mostram que o faturamento do setor no ano passado foi de R$ 19,8 bilhões.

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