O relator da proposta de prorrogação da cobrança da CPMF, deputado Antonio Palocci (PT-SP), disse ser contra a divisão dos recursos com os Estados e os municípios. "Não acho recomendável" afirmou. Em princípio, o recém-indicado relator pretende manter a proposta do governo. "O ponto de partida é não mexer (na proposta do governo)", continuou Palocci, ex-ministro da Fazenda.
O relator disse que a boa arrecadação de tributos demonstra que o governo pode ter um programa de redução da carga tributária e que essa discussão é legítima, mas deve ser analisado que tipo de tributo tem mais impacto para os interesses do País. Palocci afirmou ser favorável à realização de audiências públicas na comissão para discutir a proposta da CPMF, mas que isso deve acontecer durante o prazo de dez sessões para apresentação de emendas.
O DEM, contrário à contribuição e sem pressa para votar o projeto, propôs convidar economistas para debater a proposta na comissão. Palocci evitou falar em prazos para entrega de seu parecer. A comissão tem de respeitar o prazo de dez sessões para apresentação de emendas. Depois disso, o relator pode apresentar seu parecer para votação.