Rio – A Agência Nacional do Petróleo (ANP) decidiu abrir uma sindicância interna para apurar denúncias de corrupção contra o atual superintendente de Refino, Eugênio Roberto Maia, ligado ao presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ). Maia é acusado de beneficiar empresas distribuidoras de solvente – produto usado para adulteração de gasolina – quando estava à frente da Superintendência de Abastecimento da ANP.
Segundo o Setor de Combustíveis do órgão, ele foi responsável por um aumento na importação e produção de solventes no País entre 2002 e 2003. Maia teria contrariado a legislação da área, ao permitir que companhias comprassem o produto em volumes acima da cota estabelecida pela agência. A atuação dele desagradou até a Petrobras, que também era prejudicada pela adulteração da gasolina.
No início do ano, Maia foi transferido para a Superintendência de Refino, onde perdeu o poder sobre as cotas de compra de produtos pelas distribuidoras. A transferência foi determinada pelo diretor-geral interino da ANP, Haroldo Lima, que, em nota divulgada na segunda-feira, disse que pretendia melhorar o funcionamento do órgão regulador. Antes, porém, Lima teria pedido o afastamento de Maia, mas recebeu uma determinação de Brasília para mantê-lo nos quadros da ANP. A comissão de sindicância terá um prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para apurar as denúncias.
