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Para Lula, 2004 foi extraordinário.

Brasília – Em seu último programa de rádio do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é o "mais otimista dos brasileiros" e avisa que o governo vai caminhar com tranqüilidade para não errar. "Quando falo de jogador de futebol, você vê a diferença de um craque e de um jogador comum. O jogador comum, de vez em quando, diante do goleiro, ele chuta de qualquer jeito e a bola vai para fora. Um jogador que é bom de bola, ele pensa, sabe? Ele normalmente encobre o goleiro. Ele não chuta com força. Ele coloca a bola. Nós não podemos fazer nada precipitado", afirmou Lula.

Para o presidente, 2004 foi um ano extraordinário. Lula lembrou que na última edição do programa em 2003 falou aos brasileiros sobre as duras medidas que o governo teve de adotar nos 12 primeiros meses de mandato para poder colher bons frutos no ano seguinte. "Tomamos medidas duras para dar ao povo brasileiro a certeza de que vamos poder colocar o Brasil no seu devido lugar, fazer com que o povo melhore a condição de vida, que a economia volte a crescer; vamos gerar os empregos necessários e fazer política de distribuição de renda. Afinal de contas, foi pra isso que o povo me elegeu", disse Lula no último programa Café com o Presidente de 2003.

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Em 2005, Lula prevê resultados melhores que os deste ano. O crescimento da economia, mais empregos e a distribuição de renda estão entre as metas do governo, de acordo com o presidente. "As coisas estão ocorrendo do jeito que eu imaginava que deveriam acontecer. Seja no crescimento do turismo, seja no crescimento da agricultura, seja no crescimento da indústria e no crescimento da geração de empregos. O salário mínimo de 2005 vai ser bem melhor", acrescentou.

No programa, Lula citou algumas conquistas de seu governo neste ano: a aprovação do Estatuto do Idoso, a redução da dívida interna, a implantação do Programa Universidade para Todos (ProUni), de Saúde Bucal, do Biodiesel e das farmácias populares, além do Bolsa-Família que beneficiou 6,5 milhões de famílias em 2004. A meta para 2005 é beneficiar 8,7 milhões de famílias.

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O presidente acredita que o País está no rumo certo. Ele voltou a dizer que mesmo no poder não esquece de sua origem humilde. "Eu posso não fazer tudo o que quero, mas farei tudo o que é possível a um homem que gosta do seu povo. E eu não esqueço a minha origem, e não esqueço que quando eu deixar de ser presidente voltarei para o meu berço natal, sabe? Lá dos metalúrgicos do ABC, para continuar vivendo a minha vida", disse.