A Agência Nacional de Aviação civil (Anac) liberou, no último sábado, a pista principal do aeroporto de Congonhas para pousos em dia de chuva. A proibição vigorava desde 17 de julho, quando houve o acidente com o Airbus da TAM, matando 199 pessoas. Segundo a Anac, na sexta-feira, quando a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) concluiu as obras de instalação do grooving (ranhuras) na pista principal, técnicos da agência percorreram o local e fizeram os testes de índice de atrito. Uma vez que os técnicos concluíram que estava tudo certo emitiram ainda no sábado um comunicado para as empresas informando que o Notan (aviso aos navegantes) de julho estava suspenso e, portanto, a pista "estava apta" a receber pousos em dias de chuva.

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A proibição de pousar em Congonhas com chuva foi determinada após o Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) recomendar que operações nestas condições fossem suspensas. A Anac informou ainda que nem a Aeronáutica e nem o Cenipa foram consultados para dizer se concordavam que a pista poderia mesmo ser liberada. Este procedimento, de acordo com a agência, é de responsabilidade da Anac. A Aeronáutica confirma a informação de que a responsabilidade é da agência e que, se tiver sido realizado o teste e for checado que a pista atende aos parâmetros internacionais, inclusive de coeficiente de atrito, a própria Anac pode liberar o local.

Na mesma sexta-feira, dia da conclusão da obra do grooving, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou a redução da área de pouso da pista de Congonhas, com a criação de 300 metros de área de escape. A pista principal, antes com 1.940 metros, passou a ter "virtualmente" agora apenas 1.640 metros, com 150 metros em cada cabeceira de escape. Já a pista auxiliar, antes com 1.435 metros, agora tem 1.195 metros.

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