São Paulo – A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira, admitiu nesta sexta-feira (21) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que problemas ainda podem ocorrer no período de férias e de alta temporada. Ela, no entanto, disse acreditar que a crise aérea tenha chegado ao fim.
"Acho que a situação de caos acabou e que o setor todo está se reformulando. As companhias aéreas, a Infraero [Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária], a Anac e o controle do espaço aéreo estão fazendo todo esforço para melhorar o atendimento?, afirmou Vieira. ?É um processo e espero que tenha resultado o mais rápido possível.?
Vieira chegou ao Aeroporto de Congonhas por volta das 11h50 de hoje, depois de um atraso de seu vôo que saiu de Brasília (a chegada estava anunciada para as 10h15), para acompanhar o trabalho de fiscalização da Anac no aeroporto.
Vestindo colete azul, de fiscal da Anac, Solange Vieira disse que os atrasos de hoje (21) são ?altos?. O descumprimento dos horários dos vôos, segundo ela, é provocado pela adaptação das companhias ao grande número de passageiros e à nova malha aérea para o período de alta temporada, que teve início hoje (21) e que reduziu de 33 para 30 o número de movimentos por hora em Congonhas.
Segundo Vieira, os atrasos devem se normalizar em uma semana. ?Isso deve diminuir ao longo da semana porque a gente mudou a malha hoje e as companhias estão tendo de fazer algumas alterações?, destacou.
Solange Vieira aconselhou aos passageiros que cheguem com antecedência aos aeroportos para evitar filas e perder o avião. Amanhã (22), ela estará no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Na próxima sexta-feira (28), ela irá ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos.
Ontem (20), as companhias aéreas se comprometeram com a Anac a não cometer overbooking (reservas de assentos além da capacidade dos aviões). ?As companhias garantiram que não haveria overbooking neste período e que haveria assentos disponíveis em todos os aviões?, ressaltou.
A operação de reforço da fiscalização da agência teve início na quarta-feira (19) e se estenderá até 7 de janeiro. Entre os pontos que serão monitorados pelos fiscais estão os atrasos e cancelamentos de vôos, o overbooking, o extravio de bagagens e problemas no atendimento aos passageiros. Em caso de descumprimento das normas, as companhias serão advertidas e até multadas.
Para intensificar o trabalho de fiscalização, que já é realizado constantemente nos aeroportos, a Anac ofereceu 130 funcionários nos cinco aeroportos de maior movimento no país: Tom Jobim e Santos Dumont, no Rio de Janeiro; Congonhas, em São Paulo; Cumbica, em Guarulhos, e Juscelino Kubitschek, em Brasília.