Ao anunciar nesta terça-feira (26) a liberação gradual das tarifas aéreas para vôos que partem do Brasil para doze países da América Latina, o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ronaldo Serôa da Motta, assegurou que o novo sistema não trará prejuízo às companhias brasileiras. Na sua avaliação, as empresas brasileiras estão consolidadas no mercado. Serôa explicou que a liberação das tarifas vale tanto para companhias aéreas nacionais como internacionais.
Conforme decisão da diretoria colegiada da Anac, a partir de 1º de março as companhias aéreas podem promover descontos de até 50% em relação à tarifa de referência da Agência Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Atualmente, estes descontos são limitados a 30%. A partir de junho estes descontos podem chegar a 80% e a partir de 1º de setembro haverá liberdade tarifária total.
O diretor da Anac afirmou que a possibilidade de aplicar descontos em porcentuais maiores não significará redução no mesmo porcentual nos preços. Na sua avaliação, com a ampliação do desconto para a Argentina, a expectativa é de que o tráfego para aquele país cresça 10%, e um pouco menos para o Chile.
Para ele, o impacto desses números em relação ao volume geral de tráfego não chega a 1%, o que, segundo ele, não causará problemas de congestionamento nos aeroportos. Serôa afirmou que muitas companhias já praticam tarifas reduzidas.
