O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, negou hoje que tenha sido ou vá ser candidato ao cargo de diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas (ONU). Amorim convocou uma entrevista coletiva apenas para tratar do assunto e disse que o Brasil apoia o candidato da África do Sul Abdul Samad Minty e que, inclusive, já renovou esse apoio quando da troca do governo no país africano.
O ministro afirmou que não existe nenhuma relação na disputa pela direção-geral da AIEA com o fato de o Brasil não apresentar candidatura própria para a sucessão na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Segundo o chanceler, o Brasil não apresentou nenhum candidato à direção-geral da entidade porque não era nenhuma vitória “líquida e certa” como se dizia.
De acordo com Amorim, o Brasil decidiu, no caso da Unesco, apoiar a candidatura do ex-ministro da Cultura do Egito Farouk Hosni. Isso porque, explicou o ministro, os árabes nunca tiveram nenhum diretor-geral na Unesco e o Brasil tem uma política de aproximação com o mundo árabe.
Amorim destacou ainda que o Brasil, no momento, tem apenas duas candidaturas pelas quais está se empenhando: a do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016 e a da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie para o tribunal de apelações da Organização Mundial do Comércio (OMC).