Brasília – O fato de preencher os requisitos para obter a liberdade provisória, como bons antecedentes e residência fixa, aliado à fragilidade dos indícios, fez com que a prisão preventiva de Dario Morelli Filho, um dos presos na Operação Xeque-Mate da Polícia Federal, não fosse decretada. Com isso, ele deve ser liberado nesta quarta-feira (13), quando termina o prazo da prisão temporária. A avaliação é do advogado de Morelli, Milton Fernando Talzi. Segundo o advogado, seu cliente foi indiciado por falsidade ideológica, formação de quadrilha, exploração de jogo de azar e sonegação fiscal.
Ontem (12), Talzi havia apresentado um pedido à Justiça de Mato Grosso do Sul explicando que não tinha necessidade de Morelli ficar detido. O advogado diz que ainda é cedo para saber se Morelli será incluído na denúncia que poderá ser feita pelo procurador-geral da República, em função do inquérito, mas adianta que, se isso acontecer, ele acredita que seu cliente não deverá ser condenado. ?A estratégia da defesa é provar a verdade, que ele não era sócio, não tinha envolvimento com quadrilha alguma, falsidade ideológica alguma?, diz Talzi.
Dario Morelli, cujo filho de oito anos é afilhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi incluído nas investigações da Operação Xeque-Mate após a Polícia Federal ter apurado que ele tem ligações com o ex-deputado estadual do Paraná Nilton Cezar Servo, apontado como o chefe do esquema de exploração de caça-níqueis. Segundo Talzi, a única ligação de Morelli com Servo foi ter sido contratado para administrar a casa de bingos de sua propriedade.
