O pai do menino alvo de uma disputa judicial disse hoje que virá ao Brasil para tentar retomar a custódia de seu filho. David Goldman, um norte-americano de Nova Jersey, afirmou que nunca desistirá de seu direito paterno de criar o menino, de 9 anos. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu liminar suspendendo uma ordem judicial para que a criança volte aos Estados Unidos. Com isso, é preciso aguardar a decisão definitiva do STF.
O garoto vive com a família do padrasto brasileiro, o advogado João Paulo Lins e Silva. A mãe dele viajou para o Brasil em 2004, acompanhada do filho. Ao chegar ao País, ela telefonou para Goldman dizendo que o casamento entre eles acabara e ela permaneceria com a criança. Ela se divorciou e casou de novo, porém, morreu no ano passado. Em entrevista à rede NBC, Goldman disse lamentar que seu filho seja mantido “em um ambiente doentio”. O norte-americano afirmou que tentará ver o menino ainda hoje.
A decisão da Justiça Federal derrubada pelo STF determinava o imediato retorno do menor aos EUA, baseando-se na Convenção de Haia, que inclui um dispositivo para combater o sequestro de menores. Goldman mantém uma campanha para levar o filho de volta aos EUA, com site na internet. Já houve inclusive protestos nos EUA pedindo o retorno da criança. Até mesmo a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, já tratou do tema.
