Ameaças mudam Rainha de prisão

São Paulo – Os líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) José Rainha e Felinto Procópio dos Santos foram transferidos do presídio de Presidente Venceslau para o de Presidente Bernardes, de segurança máxima, no interior de São Paulo, onde estão os principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o traficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A transferência tem como objetivo reforçar a segurança dos líderes, que estariam sendo ameaçados de morte pelo PCC. A principal facção criminosa que se formou dentro dos presídios paulistas promete grandes ataques para “comemorar” seus dez anos de fundação. Entre as ações, o PCC teria ameaçado matar Rainha e Procópio, que estão presos desde 11 de julho em Presidente Venceslau. Ainda, a facção criminosa planejaria seqüestrar o padre Marcelo Rossi.

O Gabinete de Segurança Institucional da presidência da República apurou que a organização criminosa paulista PCC teria um plano para matar José Rainha Jr. e Felinto Procópio dos Santos, o Mineirinho. Por esta razão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou anteontem ao ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) que reforçasse a segurança dos dois dirigentes do MST. O presidente Lula foi alertado na manhã de anteontem pelo ministro-chefe do Gabinete da Segurança Institucional, general Jorge Armando Felix, de que o PCC (Primeiro Comando da Capital) estaria tramando a morte de Rainha e de Mineirinho para marcar seus dez anos de existência com uma ação espetacular.

OP motivo seria dar uma demonstração de força perante autoridades do Executivo, agentes penitenciários e juízes. Estes, por exemplo, julgam concessões de eventuais regalias dos presos, especialmente daqueles que estão detidos em regimes de prisão mais rigorosos.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no entanto, disse que agiu movido pela cautela, ao determinar a transferência dos líderes do MST José Rainha Jr. e Felinto Procópio dos Santos, o Mineirinho, do penitenciária de Presidente Venceslau para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernandes. O PCC (Primeiro Comando da Capital) teria um plano para matar os dois líderes do movimento. De acordo com Alckmin, o governo agiu não movido “por um fato, mas apenas por uma informação”, já que o governo ainda apura a veracidade do plano do PCC. O governador admitiu que a transferência também foi decidida em função de um pedido do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Sobre a reativação do PCC no Estado, depois de um período de calmaria, o governador disse que “sempre vai ter esse enfrentamento”. “

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