Rio de Janeiro – Antecipando-se a uma provável convocação do Ministério Público do Rio, o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, representado por seus advogados, pediu para não depor no Rio porque estaria sendo ameaçado de morte, depois das reportagens publicadas nas últimas duas semanas pela revista Veja. Os advogados Marcelo Borges e Jeová Júnior garantiram à promotora Dora Beatriz da Costa que Carlinhos Cachoeira “está à disposição” dela, mas que não acham “conveniente” que o empresário venha ao Rio, “porque está sendo ameaçado”.
“Ele tem recebido telefonemas estranhos e tem receio de ir para o Rio”, afirma o advogado de Cachoeira, Raimundo Hermes Barbosa, lembrando que aguarda uma resposta do Ministério da Justiça para um pedido de proteção policial para o empresário.
Um primeiro pedido de proteção já foi indeferido em março, quando da explosão do escândalo Waldomiro. Desde então, Cachoeira nunca mais pisou no Rio de Janeiro. Quando o empresário foi convocado para depor na CPI da Loterj, apresentou um requerimento pedindo que a oitiva fosse realizada na Assembléia de Goiás ou em Brasília por “questão de segurança”.