Ambientalistas brasileiros e argentinos iniciaram pressão sobre o Mercosul, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, para a defesa da Amazônia e seu papel fundamental na manutenção da umidade no continente.
“Temos de proteger a região, de forma a manter a umidade, que favorece a vida de Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia, a maioria dos países do Cone Sul”, afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), Carlos Bocuhy. “Essa é uma das iniciativas mais importantes que poderiam resultar do Fórum Mundial”.
Nesta quarta-feira, 21, durante o Fórum Mundial da Água, que acontece até sexta-feira, 23, em Brasília, Bocuhy reuniu-se com o deputado Rocha (PSDB), do Acre, presidente da Comissão de Meio Ambiente do Mercosul, para sugerir novas normas nas leis do bloco que visem à proteção dos chamados “rios voadores”, umidade de transposição da Amazônia.
Segundo o ex-ministro de Meio Ambiente de Buenos Aires, Juan Velasco, “é imprescindível que medidas sejam tomadas no âmbito do Mercosul para a proteção da umidade, que mantém viva a bacia do Rio da Prata, do Pantanal à região de Buenos Aires”.
A Comissão de Meio Ambiente do Mercosul promoverá uma reunião. Na ocasião, a equipe técnica do Proam pretende demonstrar aos congressistas dos países-membros a necessidade e a urgência de medidas para a proteção do sistema continental de umidade, que alimenta as chuvas na maioria do território sul-americano.
Nesta quinta, quando se comemora o Dia Mundial da Água, criado em 2002 pela ONU, ocorrerão reuniões com outros segmentos, visando a pautar essa discussão com urgência no Parlamento do Mercosul (o Parlasul).