Dos 62 municípios do Amazonas, 45 decretaram situação de emergência por causa da cheia e mais de 71 mil famílias já foram atingidas. Na capital, a cota do Rio Negro atingiu na sexta-feira 29,64 metros e está a 13 centímetros da cheia histórica de 2009, quando chegou aos 29,77 metros. Nos próximos dias, os 13 últimos municípios a decretarem situação de emergência, entre eles Japuá, Jutaí e Tefé, vão receber ajuda humanitária do governo do Estado. Os demais municípios já receberam kits de higiene pessoal, limpeza, medicamentos e demais auxílios.
Centro. Em Manaus, a cheia já chegou a diversas ruas do centro, entre elas a Barão de São Domingos e parte da Marechal Deodoro, onde está localizado o prédio da Receita Federal na capital amazonense. Prefeitura e Estado têm construído passarelas de madeiras e instalado bombas para retirar a água que fica parada nas ruas mais baixas da cidade. A prefeitura de Manaus deverá desembolsar quase R$ 16 milhões nas ações emergenciais do programa SOS Enchente. O governo do Estado já destinou outros R$ 10,5 milhões.
Rios
Na sexta-feira, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou o 17.º boletim de Monitoramento Hidrológico e informou que na Bacia do Rio Negro, em Barcelos e São Gabriel da Cachoeira, os níveis dos rios estão, respectivamente, 75 e 109 centímetros acima dos valores registrados na mesma data nos anos das maiores cheias. Na Bacia do Solimões, em Tabatinga, o nível d’água continua em declínio. Em Itapéua e no Careiro, os níveis estão apenas 23 e 38 centímetros abaixo da cheia histórica, de 2009, registrada nas respectivas estações.
Na Bacia do Amazonas, em Parintins, o nível está 24 centímetros abaixo.
A situação é diferente nas Bacias do Madeira, Javari e Purus, onde o nível d’água está normal para o período. Na série histórica das cotas do Rio Negro em Manaus, 76% tiveram o valor máximo anual no mês de junho, 19% em julho e apenas 6% em maio. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo