O senador Alvaro Dias (PSDB) rebateu ontem as acusações de João Paulo Rodrigues, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de que a CPI da Terra está sendo utilizada pela oposição para atingir o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Presidente da Comissão, Alvaro também rebateu o comentário feito por João Paulo Rodrigues à imprensa de que a bancada ruralista teria aprovado a quebra de sigilo de cooperativas ligadas ao MST. O senador lembrou que houve unanimidade na votação para a transferência dos sigilos bancário e fiscal da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) e da Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil.
Segundo ele, após a CPI ter determinado a quebra dos sigilos da Anca, o governo federal cancelou duas ordens bancárias em favor da instituição, que já haviam sido emitidas há 15 dias, antes da decisão dos parlamentares, e que totalizam R$ 409 mil.
Reação
O vice-presidente nacional da UDR (União Democrática Ruralista) e presidente da entidade no Paraná, Marcos Prochet, reagiu ontem às acusações de que a instituição estaria desviando recursos públicos. A denúncia foi feita anteontem, na CPI da Terra do Congresso Nacional. Em resposta às acusações, Prochet disse que a UDR nunca recebeu dinheiro público.
“A UDR já entregou à CPI, inclusive, todos os seus balancetes. A entidade tem personalidade jurídica e CNPJ. Nós temos como característica principal nunca pegar dinheiro público de ninguém. Nunca recebemos um único centavo de entidades públicas. Se temos força, é porque somos uma entidade totalmente isenta e apartidária”, afirmou.