Os primeiros estudantes a deixarem as salas onde prestaram a primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no Recife, reclamavam de uma falha do gabarito, que estaria invertido em relação a algumas versões das provas (o Enem distribuiu quatro tipos de provas, cada qual com uma cor).

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Na Universidade Católica de Pernambuco, alguns grupos tentam obter informações da organização do concurso, mas até o momento nenhum representante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fez qualquer pronunciamento no local. Alguns estudantes como Diogo Cunha, de 17 anos, que pretende usar a nota do Enem para ingressar no curso de Engenharia da Computação, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), acionaram os pais na tentativa de obter informações.

“Já falei com o meu pai sobre o problema e ele saiu daqui para tentar buscar ajuda do Ministério Público porque ninguém do Inep apareceu. Quando questionamos os fiscais sobre o problema, na sala de aula, eles ficaram confusos. Eles chegaram a chamar o pessoal da coordenação do prédio, mas eles também não ajudaram muito e muita gente, como eu, já havia marcado o gabarito sem perceber que havia uma inversão em relação a prova. Não é possível que depois de tantos problemas ocorridos no exame passado o Ministério da Educação tenha deixado acontecer um problema como este”, afirmou bastante irritado.

De acordo com os alunos, no exame, as perguntas de 1 a 45 se referiam a ciências humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia). Da 46 a 90, ciências da natureza (Química, Física e Biologia). No gabarito, a ordem estaria invertida. A Assessoria de Imprensa do Ministério Público de Pernambuco ainda não se pronunciou sobre a possível intervenção do órgão mediante as reclamações dos estudantes.

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