Estudantes que ocupam 24 escolas estaduais, em Goiás, denunciam agressões e intimidações por parte dos órgãos de segurança do Estado. Eles protestam contra o plano do governo estadual de transferir a gestão das unidades para organizações sociais. Além da presença ostensiva de viaturas próximo das escolas, alunos alegam que policiais à paisana têm se infiltrado nas manifestações para causar tumulto.

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Na segunda-feira, 4, um suposto policial em trajes civis empunhou uma arma e ameaçou alunos que instalavam cadeiras escolares em uma avenida, durante protesto, em Goiânia.

De acordo com o estudante Lucas Xavier, que postou imagens do homem armado em redes sociais, ele se juntou aos policiais militares para agredir os manifestantes com socos e empurrões. O homem ainda tentou tomar sua câmera. A Polícia Militar de Goiânia não identificou a pessoa armada e informou que as imagens serão averiguadas. Segundo a PM, no caso das ocupações, a orientação é para agir com cautela e respeito ao direito de manifestação, mas garantindo a ordem pública e o direito de outras pessoas.

Desde o dia 9, quando começou a mobilização, foram ocupados 12 colégios em Goiânia, sete em Anápolis e três em Aparecida de Goiânia, além de uma unidade em Cidade de Goiás e outra em São Luis de Montes Belos. Os estudantes receberam o apoio de professores e sindicatos e fazem campanhas pedindo principalmente alimentos.

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A Secretaria de Educação, Cultura e Esporte informou que o início do ano letivo está previsto para o dia 20 de janeiro. A secretária Raquel Teixeira tem visitado as escolas ocupadas para tirar dúvidas dos alunos sobre o projeto, que inicialmente abrangerá 23 escolas, e pedir a desocupação dos prédios.

Desde segunda-feira, ela se reuniu com ocupantes de três escolas de Goiânia e duas de Anápolis. Apesar desse diálogo, o cronograma de transferência da gestão para as organizações sociais está mantido. No dia 5 de fevereiro, serão abertas as propostas das entidades qualificadas.

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