Brasília – No início das aulas, os alunos da rede pública de ensino fundamental recebem gratuitamente livros didáticos de português, ciências, geografia, história e matemática. E, teoricamente, devem devolvê-los no final do ano letivo, para que outros estudantes usem.
Levantamento feito este ano pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), responsável pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), revelou que aproximadamente 40% dos livros não são devolvidos, sendo 46,5% no Nordeste, 41% no Centro-Oeste e Norte, 32,2% no Sudeste e 27,2% no Sul.
Para o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Rafael Torino, é importante que alunos, pais e professores tenham consciência sobre o uso do livro didático. "Nós fazemos um esforço grande para adquirir os livros. Eles são bem confeccionados. São previstos para durar três anos. Por isso, é importante que sejam usados novamente no ano seguinte, para que ninguém fique sem livro".
Segundo o diretor do Centro de Ensino Fundamental 03 de Sobradinho, no Distrito Federal, Vilmey Romano, os alunos da escola devolvem quase todos os livros, após um trabalho de conscientização. "Colocamos para o aluno que o livro não é de graça, para ele se sentir responsável, porque, na verdade, também faz parte da compra através dos impostos".
O estudo foi baseado no Sistema de Controle de Reserva Técnica e Remanejamento (Siscort), do FNDE, que envolveu 5.613 escolas públicas do país, que representam 12,2% das escolas contempladas com livros de 5ª a 8ª série do ensino fundamental no PNLD, em 2005.
