O calor intenso associado à falta de estrutura de escolas públicas prejudicou alguns candidatos que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste sábado (26) em Rio Branco. Na escola estadual de Ensino Fundamental Djalma Teles, localizada no bairro Tancredo Neves, periferia da capital, só havia um ventilador na sala de aula da estudante Bruna Lopes.

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“Além de só haver um ventilador em uma sala lotada, era daqueles bem barulhentos”, relatou a estudante. Muitos alunos não aguentaram a situação e reclamaram durante a prova.

O mesmo problema foi relatado pela estudante Beatriz Maria Machado Lustosa que fez o exame na Escola Estadual Diogo Feijó, localizada no bairro Floresta. Candidata ao curso de Engenharia Florestal, a treineira disse que ao meio-dia “o calor estava insuportável”.

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No Acre, mais de 58 mil estudantes se inscreveram para participar do Enem. Proporcionalmente, é o maior número de inscritos no País.

Além do calor, alguns estudantes do Estado enfrentaram dificuldade geográfica. Nos municípios isolados de Santa Rosa do Purus e Jordão, o governo do Acre teve que prover meio de transporte para que 96 alunos fizessem as provas em outras cidades.

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Um grupo de 22 estudantes de Santa Rosa veio para a capital. O custo estimado pela Secretaria de Estado de Educação foi de R$ 100 mil. Até o ano passado, o transporte desses alunos era feito de barco. Mas os pais alegaram insegurança. O governo cedeu e, este ano, fez o transporte dos estudantes de avião bimotor.