Aliados do governo tentarão acordo para adiar votação sobre maioridade penal

Partidos da base aliada do governo apresentarão nesta terça-feira, 30, em reunião de líderes partidários com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma proposta de acordo de procedimentos para retirar de pauta a votação da redução da maioridade penal para que o tema seja rediscutido e apreciado como projeto de lei em vez de Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

No entanto, os próprios governistas sabem que é praticamente impossível que o acordo seja aceito. Sem garantia de que conseguirão impedir 308 votos a favor da PEC da redução, a base governista deve trabalhar para retardar o início da votação. A intenção dos deputados é que, com o recesso parlamentar de julho, a votação seja adiada para o segundo semestre.

Os parlamentares governistas reuniram-se nesta manhã com os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Pepe Vargas (Direitos Humanos) para traçar a estratégia de tentar evitar a aprovação.

Deputados contrários e a favor tentam argumentar com seus colegas atrás de votos. Um dos defensores mais aguerridos da redução, o deputado Capitão Augusto (PR-SP), conhecido por circular fardado pela Câmara, distribuiu propaganda por mensagem de Whatsapp. “O Brasil não tolera mais impunidade! Hoje, dia 30 de junho de 2015, a Câmara Federal dará uma resposta à sociedade votando o projeto de redução da maioridade penal”, diz o texto do deputado, cercado por manchetes de sites que abordam crimes cometidos por menores de idade.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo