Aliados acreditam em vitória apertada de Calheiros

Senadores da oposição e do governo passaram a manhã desta terça-feira (11) fazendo contas e prognósticos sobre a votação amanhã do processo de cassação do mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os aliados do peemedebista avaliam que ele conseguirá preservar seu mandato por uma diferença apertada. Pelas contas, os opositores teriam 37 votos, não chegando ao quorum de 41 votos necessários para a cassação do mandato. Na estimativa de oposicionistas, a situação de Calheiros teria piorado com o retorno dos senadores de suas bases eleitorais.

Mas pelo menos em um ponto a oposição e governo concordam: mesmo se ganhar amanhã Calheiros não tem condições de permanecer no cargo de presidente da Casa. A sua insistência em se manter no comando do Senado poderá prejudicar o governo que precisará de um ambiente político equilibrado para a votação da emenda que prorroga a Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF).

Por isso, os próprios aliados de Renan vão tentar convencê-lo a pedir uma licença de seis meses, pelo menos, da presidência, se eventualmente for absolvido pelo plenário. Um gesto antecipado de Renan de deixar claro essa intenção, poderá ajudá-lo a salvar o mandato. Pelas contas, seis senadores trocariam de voto para ficar com ele. Essa situação está sendo tratada com discrição mesmo porque ninguém quer ser acusado de promover um acórdão no plenário. "Não aceito esse tipo de acordo", afirmou o senador Renato Casagrande (PSB-ES).

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