O vereador paulistano Eduardo Tuma (PSDB), vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, protocolou na segunda-feira, 31, pedido de abertura de uma CPI para investigar um suposto esquema de corrupção envolvendo funcionários das prefeituras regionais da capital acusados de cobrar propina para liberar propaganda ilegal na cidade. O caso foi revelado nesta semana pela rádio CBN.

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Aliado do prefeito João Doria (PSDB), Tuma se antecipou à oposição no Legislativo e colheu as 19 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de CPI. Desta forma, caso a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito seja aprovada pelo plenário da Câmara, o tucano terá a prerrogativa de presidir a CPI da Máfia da Cidade Limpa, que envolve ao menos 14 funcionários públicos de várias prefeituras regionais, segundo a reportagem da CBN.

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Nesta terça-feira, 1º, Doria publicou no Diário Oficial da Cidade a exoneração do chefe de gabinete da Prefeitura Regional da Lapa, Leandro Benko, gravado negociando pagamento de até R$ 7 mil para liberar panfletagem, cavaletes e faixas de propaganda, que foram proibidos há dez anos pela Lei Cidade Limpa.

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Leandro Benko foi nomeado ao cargo comissionado (sem concurso) pelo próprio prefeito em janeiro por indicação do irmão Laércio Benko (PHS), ex-vereador que virou secretário de Turismo do governo Geraldo Alckmin (PSDB) após fechar apoio à eleição de Doria, em outubro de 2016.

Os outros cinco funcionários gravados são servidores de carreira da Prefeitura e, segundo a gestão Doria, serão afastados por 120 dias para investigação interna que pode resultar na exoneração a bem do serviço público. A Secretaria das Prefeituras Regionais ainda está identificando quem são os funcionários filmados para afastá-los de suas funções. Atualmente, existem três CPIs em funcionamento na Câmara: Dívida Ativa, Mulheres e Feira da Madrugada. No fim do primeiro semestre foi lido o relatório final da CPI da Migração.