Uma das medidas consideradas essenciais por técnicos do Ministério da Saúde para reduzir a obesidade no País, sobretudo entre públicos mais jovens, é a restrição da propaganda de alimentos. “As peças de publicidade sempre associam esses produtos ao bem-estar, à felicidade. E crianças são as mais suscetíveis a esses apelos”, observa a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho de Souza.

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Outra ferramenta considerada importante para se conter o aumento de peso na população é a mudança nos rótulos de alimentos e bebidas açucaradas. Uma proposta para tornar mais clara a advertência nas embalagens de produtos está em análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Pela proposta, um alerta seria colocado na parte frontal dos produtos para indicar altas concentrações de açúcares, sal e gordura.

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O Guia de Alimentação Saudável preparado pelo Ministério da Saúde recomenda que pessoas prefiram alimentos frescos aos ultraprocessados (produtos industrializados como sorvetes e pratos prontos). Entre as dicas apresentadas estão: levar sempre uma fruta para fazer um lanche; se for fazer refeições fora de casa, optar por restaurantes por quilo, onde a oferta de hortaliças é maior. Para Fátima, houve também uma melhora nas regras de alimentação em ambientes escolares. Atualmente, 11 Estados regulam os produtos vendidos nas cantinas.

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Espaços que permitem a prática da atividade física também são considerados essenciais. O Ministério da Saúde lançou em 2005 o Academia da Saúde, programa de repasses de recursos para criação de pontos de atividade física próximos de unidades de saúde. Hoje, há em funcionamento 1.172 pontos. “Mas está em expansão. São 4 mil autorizados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.