A Polícia Militar vai reforçar a vigilância nos presídios do Estado de São Paulo neste final de semana após ter detectado alertas de que podem ocorrer rebeliões. Viaturas devem se deslocar, na madrugada de sábado (15), para os portões de cerca de 80 unidades que ainda tinham agentes penitenciários em greve na tarde desta sexta-feira.

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Um dos alertas partiu da Penitenciária Estadual Odilon Ramos Maranhão, em Iperó, região de Sorocaba. Na quinta-feira, um preso teria mandado aviso aos familiares para não irem à visita do fim de semana, pois o presídio iria “virar”, ou seja, haveria quebra-quebra. A unidade tem capacidade para 1.286 presos, mas abriga 2.213 e os agentes estão em greve.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que uma liminar concedida pelo juiz Sérgio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública, garante a entrada das visitas e espera que a ordem judicial seja cumprida. O juiz estabeleceu multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento em cada unidade prisional.

Apesar da liminar, o comando da PM considerou que há nos presídios ambiente favorável às insurreições. Além do descontentamento dos agentes, houve ameaças de retaliação pelo isolamento de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes.

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Há ainda insegurança quanto à garantia da visita aos presos, já que o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifufesp) e o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp) divergem sobre permitir ou não a entrada das visitas. Os policiais estão orientados para intervir em caso de impasse, garantindo que as visitas tenham acesso aos presídios.