A Semana Mundial da Alergia, que traz como tema ‘Alergia alimentar: um problema global’, começa com um grande evento no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, neste domingo, 7.

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Das 9h até às 13h, especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional São Paulo (ASBAI-SP) farão palestras a cada 30 minutos explicando o que é a alergia alimentar, os sintomas, formas de diagnóstico e tratamento. Mitos que envolvem o tema também serão desconstruídos.

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“É muito importante levar informação e conscientização sobre o tema, já que existem muitas dúvidas e mitos que envolvem a alergia alimentar. Nós temos esse papel de passar a informação correta e de qualidade”, afirma Pedro Bianchi, presidente da ASBAI Regional São Paulo.

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As mães do grupo Põe no Rótulo vão compartilhar suas experiências com os participantes.

Para as crianças, a recreação será feita pela ONG Tartarugas do Bem, que vai oferecer narração de histórias, pinturas de desenhos, dobraduras, brincadeiras e músicas. Além do entretenimento, o objetivo das Tartarugas do Bem é promover acolhimento, inclusão e fortalecer a autoestima da criança com alergia, de forma lúdica e segura.

“Essa é uma oportunidade para nos aproximarmos das pessoas e explicar em detalhes sobre a doença, que vem crescendo muito no mundo todo”, enfatiza Renata Cocco, coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da ASBAI nacional.

No Brasil, não há estatísticas oficiais, mas estima-se que 8% das crianças com até dois anos de idade e 2% dos adultos sofrem algum tipo de alergia alimentar, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional São Paulo.

Mais de 170 alimentos são considerados potencialmente alergênicos: leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.

O que é alergia alimentar?

É uma resposta exagerada do organismo a determinadas proteínas presentes nos alimentos. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, sistema gastrointestinal, respiratório e/ou cardiovascular. As reações podem ser leves, com simples coceira nos lábios, até mais graves, incluindo comprometimento de vários órgãos e potencial risco de óbito (anafilaxia).

Considerada um problema de saúde pública, a alergia alimentar está aumentando em todo o mundo. Apesar de poder se manifestar em qualquer época da vida, o quadro geralmente se inicia na infância. Dependendo do alimento e mecanismo envolvidos, a alergia pode se resolver até a adolescência ou persistir por toda a vida.

Sintomas de alergia alimentar

Para ser considerada alergia alimentar, pelo menos um dos sintomas citados abaixo deve ser apresentado pelo paciente:

Reações cutâneas – vermelhidão na pele, coceira, urticária com ou sem inchaço de olhos, boca, orelhas;

Reações gastrointestinais orais – coceira nos lábios e céu da boca, inchaço de língua ou de lábios;

Reações gastrointestinais baixas – dor abdominal, diarreia com ou sem presença de sangue nas fezes, vômitos, refluxo exacerbado;

Reações nas vias aéreas – congestão nasal, coceira, espirros, tosse, falta de ar, chiado no peito que se iniciam de forma abrupta;

Reações cardiovasculares – aumento da frequência cardíaca, queda da pressão arterial, tontura, desmaios ou até mesmo perda de consciência.

Serviço – Semana Mundial da Alergia

Quando: 07 de abril, entre 9h e 13h

Local: Parque do Ibirapuera – Espaço Antiga Serraria – Portão 7 – Entrada pela Av. República do Líbano

Palestras: a cada meia hora com especialistas da ASBAI

Contação de histórias e recreação: com Tartarugas do Bem – entre 9h e 11h30.