O juiz Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª Vara da Justiça Federal condenou Antônio Jussivan Alves dos Santos, mais conhecido como Alemão, e Marcos Rogério Machado de Morais, mais conhecido como Bocão, a 49 anos e 2 meses de prisão cada um. Alemão e Bocão foram apontados como líderes da quadrilha que furtou R$ 164,7 milhões do Banco Central (BC) de Fortaleza, em agosto de 2005. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira (5), um dia após Alemão prestar depoimento a Sampaio.
Eles estão presos no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Cearense de Boa Viagem, Alemão foi preso semana passada, em Brasília, depois de permanecer dois anos e sete meses procurado pela Polícia Federal (PF). De acordo com as investigações da PF, ele foi um dos que planejaram o maior furto realizado no País.
Ontem, em juízo, ele negou ser o mentor, mas admitiu ter participado da escavação do túnel por onde a quadrilha levou 3,5 toneladas de dinheiro do BC. Disse que foi um dos quatro homens a entrar no cofre do banco e que recebeu R$ 5 milhões pela participação no crime. Bocão foi preso em agosto, quando passeava com a família num shopping na zona oeste de São Paulo. Ele é apontado como um dos "engenheiros" do caminho subterrâneo. Os dois foram condenados pelos crimes de furto qualificado, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e uso de documento falso.
Foram condenadas pelo furto à instituição financeira 17 pessoas. A polícia ainda procura seis foragidos: Josiel Lopes Cordeiro; Juvenal Laurindo; Antônio Artênio da Cruz, conhecido como Bode; Moisés Teixeira da Silva, o Cabelo; Cleberson Petrúcio de Almeida de Aguiar Barros, e um homem que se apresentava como Paulo Sérgio de Sousa, cuja identidade ainda não foi confirmada.