Alckmin visita cidade do padre Cícero e evita esmolas

Juazeiro do Norte (AE) – O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, comprovou ontem ser um católico praticante e fervoroso. Em Juazeiro do Norte, a cidade do padre Cícero, que fica a 600 quilômetros de Fortaleza, ele participou da missa em homenagem ao Dia do Trabalho e dos violeiros. Ele cumpriu à risca todos os rituais litúrgicos: cantou, bateu palmas, ergueu as mãos, rezou e comungou. Ao final da cerimônia religiosa, o tucano ainda subiu no altar e beijou o anel do bispo dom Fernando Pânico.

Assim que chegou à matriz Nossa Senhora das Dores acompanhado do presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, e o governador Lúcio Alcântara (CE), Alckmin foi assediado por populares e pedintes. Em meio à multidão, ele distribuiu abraços e apertos de mãos, mas evitou dar esmolas. No entanto, saiu da catedral com presentes: ganhou de um fiel uma imagem do padre Cícero, personalizada e já com o nome de ?presidente?. Antes recebera outra, de Cícera Romana, conhecida na cidade e neta adotiva do padre Cícero, e que chamou Tasso de ?o pai dos pobres?.

Na presença dos políticos, o bispo aproveitou para dar um recado, numa crítica indireta ao programa Bolsa Família do governo federal, o que agradou aos tucanos. ?Caridade não é dar esmolas. É amar e ajudar o outro a crescer. Neste ano eleitoral é preciso dar atenção ao desemprego. Só existe verdadeira cidadania quando o direito ao trabalho é assegurado?, completou.

Na visita à estátua do padre Cícero, que fica no alto do Bairro do Horto, Alckmin voltou a demonstrar sua religiosidade. Ele foi conduzido a um canteiro de obras onde Tasso disse ao padre salesiano que, se eleito, Alckmin iria ajudar financeiramente para a conclusão da igreja. Em seguida, ?na batina? da estátua do padre Cícero, que tem 25 metros de altura, ele escreveu seu nome e, como manda a tradição, deu três voltas na bengala, mas não revelou os pedidos. ?Eu não faço pedido político. A tarefa do político é conquistar as pessoas e fazer o convencimento?, disse, à pergunta se pedira para vencer as eleições. 

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