O governador Geraldo Alckmin (PSDB) extinguiu a assessoria militar da Câmara Municipal de São Paulo. Oficializada em decreto de 14 de julho, a medida já resultou no corte de 25 policiais – quatro deles bombeiros. Até dezembro, a expectativa é de que os 18 policiais militares que ficaram também sejam remanejados, apesar dos protestos dos vereadores.

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Na terça-feira, 2, na primeira sessão plenária após o recesso de julho, o presidente Antonio Donato (PT) pediu aos parlamentares que intercedam com o governador. Ele disse aos vereadores que a Mesa Diretora da Casa já pediu uma reunião com Alckmin, a fim de reverter a medida, sem sucesso por enquanto.

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“A assessoria militar da Câmara existe há mais de 40 anos. Não dá para a Guarda Civil Metropolitana fazer a segurança dos vereadores. Ela está aqui pela instituição e nós temos aqui muitos movimentos de massa”, justificou Donato, referindo-se aos protestos que acontecem dentro e fora da Câmara quando há votação de projetos de lei polêmicos. “A questão não está encerrada”, completou.

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Segundo o petista, os 18 policiais que ficaram não estão mais lotados na Câmara, mas na Secretaria Municipal de Segurança Urbana, que os cedeu a pedido da Casa. “Mas até o dia 31 de dezembro, todos vamos sair”, disse um dos PMs que ainda trabalham na Casa.

Para Wadih Mutran (PDT), o governo “parece estar esperando acontecer alguma coisa com um dos 55 vereadores para resolver agir”. “Não pode ser assim. Há necessidade de termos aqui a GCM e também a PM.”

Sandra Tadeu (DEM) também fez críticas ao governo tucano. “Os policiais que saíram devem voltar”, pediu. O mesmo decreto que eliminou a assessoria militar da Câmara manteve o mesmo tipo de serviço nos demais órgãos públicos com sede na cidade, como a própria Prefeitura, o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa.

Pelotão

O efetivo de 43 policiais que atuava na Câmara Municipal até meados de julho era o equivalente a dois pelotões da PM. A essa quantidade de policiais se soma ainda o total de guardas-civis que atuam no Legislativo – hoje são 79. Com a mudança, levando-se em conta as folgas, a Câmara tem à disposição de nove a dez policiais por dia. Um dos serviços que deixará de ser feito é o policiamento das galerias do plenário.

A assessoria de Alckmin informou, por meio de nota, que o decreto reestrutura todo efetivo da PM “com o objetivo de ampliar o número de policiais nas ruas atuando no policiamento ostensivo, preventivo e na defesa da população do Estado”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.