Alckmin tenta dar um avanço na Bahia

Salvador (AE) – O candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, tentou ontem neutralizar o discurso do PT na Bahia e se comprometeu, se eleito, a fazer uma ?parceria? com o petista Jaques Wagner, eleito para o governo estadual. Esse discurso foi acertado na véspera pelas cúpulas do PSDB e PFL. Mas, apesar de seguir à risca a orientação, o candidato não se livrou de cenas de constrangimento, patrocinadas pelo PSDB baiano, adversário histórico do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), autor do convite da visita a Salvador.

?Assumo aqui um compromisso: quero ser um presidente diferente de Lula, que perseguiu o governador Paulo Souto e virou as costas e prejudicou a Bahia?, disse, tanto nas reuniões do PSDB e do PFL, organizadas separadamente. Arrancando aplausos, Alckmin disse que Lula, agindo assim, não devolveu aos eleitores baianos a confiança depositada em 2002, quando recebeu uma votação consagradora. Com essa declaração, Alckmin tentar ampliar sua votação na Bahia, maior colégio eleitoral do nordeste, onde obteve 26%. Lula, que teve 66% dos votos, desembarca hoje em Salvador para um grande comício.

Apesar da derrota do grupo político de ACM e do tucano Antônio Imbassahy para o Senado, Alckmin quis prestigiar os aliados, considerando que não seria elegante recusar o convite, justamente na véspera do comício de seu adversário. Na reunião com o PSDB, que soube da visita na véspera e saiu correndo atrás de um local apropriado, Geraldo Alckmin, já preparado, citou três vezes o nome de Jaques Wagner. Ele destacou o interesse na parceria e disse que estarão de ?mãos dadas? em favor da Bahia. 

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